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R7 Brasília

Emocionado, Garnier lamenta falta de ‘salva de canhões’ ao deixar comando da Marinha

Ação, assim como um desembarque da lancha da Força, faz parte de ritual para militares que deixam o cargo de comandante

Brasília|Do R7

Almir Garnier se emocionou ao relembrar ausência de protocolo na troca de comando da Marinha Ton Molina/STF - 10.6.2025

O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, se emocionou ao relatar a ausência de cerimônia em sua saída do comando da força militar em 2022. Ele afirmou que não teve a tradicional “salva de canhões” nem a possibilidade de desembarcar de uma lancha da instituição – eventos que fazem parte do protocolo em qualquer troca de comando.

Segundo Garnier, havia um acordo para que as três forças militares realizassem a transmissão de comando antes do término do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Contudo, o Almirante Olsen, atual comandante da Marinha, teria expressado o desejo de fazer a cerimônia de transferência apenas em janeiro, já com o novo governo empossado. Garnier, então, recusou a proposta, alegando um compromisso anterior com o Ministério da Defesa do governo anterior.

“Confesso ao senhor, não foi com alegria que disse isso a ele, porque nós temos cerimônias, tradições. O comandante da Marinha, quando se despede, tem direito a salva de canhões, desembarque de lancha, e eu não tive nada disso”, desabafou Garnier, emocionado.

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Ainda durante o depoimento, o almirante Garnierfirmou que não houve minuta de golpe de Estado, mas somente parte de uma análise do cenário político do Brasil, com informações, por exemplo, sobre caminhoneiros e do processo eleitoral. “Não vi minuta, vi informações em tela de computador. Não recebi um documento”, garantiu.


Ele confirmou ter se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro após a derrota nas Eleições de 2022, mas negou ter colocado as tropas à disposição para uma suposta manutenção do poder. “Nunca falei essa frase”, completou.

“O presidente [Jair Bolsonaro] tinha preocupação com pessoas que estavam insatisfeitas e estavam nos quartéis. Não se sabia para onde ia o movimento”, afirmou Garnier.


Em relação às reuniões após as eleições, Garnier explicou que a principal preocupação do então presidente e dos membros do ex-governo eram as “inúmeras pessoas que estavam, digamos assim, insatisfeitas e se posicionavam”.

Blindados

Além disso, o ex-comandante da Marinha negou que um desfile de blindados realizado em agosto de 2021 tivesse como objetivo pressionar a Câmara dos Deputados no dia da votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso.


“O presidente da Câmara decidiu levar ao plenário e marcou para a data em que já estava previsto todo esse deslocamento”, afirmou. O desfile ocorreu no dia 10 de agosto e contou com a participação do então presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou a agem dos tanques militares.



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