Crime da 113 Sul: julgamento de Adriana Villela é adiado para 5 de agosto a pedido da defesa
Análise do caso estava marcada para esta terça-feira; filha do casal assassinado em Brasília foi condenada a 61 anos de prisão

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) remarcou para 5 de agosto a retomada do julgamento do recurso de Adriana Villela, condenada a 61 anos de prisão por ter planejado a morte dos próprios pais em 2009 no caso que ficou conhecido como Crime da 113 Sul, em Brasília.
O julgamento estava marcado para ser retomado nesta terça-feira (10), mas, a pedido da defesa de Adriana, a Corte decidiu pelo adiamento.
Em março, o ministro Rogerio Schietti Cruz, relator do recurso, votou contra o pedido de anulação do júri feito pela defesa dela. Além disso, o ministro foi a favor de que Adriana Villela fosse presa imediatamente.
Segundo Schietti, a decisão do júri popular foi absoluta e não pode ser alterada.
“O fato é que foram produzidas provas a permitir um julgamento hígido e a tornar legítimo o veredito alcançado pelos jurados”, pontuou o ministro, dizendo ainda que não vê “qualquer possibilidade de rever o mérito”.
Após o voto dele, o julgamento foi adiado por pedido de vista do ministro Sebastião Reis.
Para negar o pedido de anulação do júri, Schietti alegou preclusão — perda do direito de praticar um ato jurídico, ou por não ser exercido no prazo legal, ou por ser realizado de forma inadequada.
Segundo ele, o “inconformismo e suposto prejuízo só estão sendo alegados agora”. Três ministros e um desembargador da Sexta Turma do STJ ainda precisam votar.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Adriana, disse que o voto do ministro relator foi “muito técnico”, onde afirmou “por diversas vezes, por diversas formas, que não está comprovada, evidentemente, a responsabilidade da Adriana, mas que ele privilegia por uma opção pessoal que a soberania do júri nesse caso deve prevalecer”.
A defesa ressalta que espera que o placar final seja de quatro votos contrários ao relator.
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