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Piloto que morreu em acidente em BH não baixou trem de pouso e usava remédio para epilepsia, conclui Cenipa

Dias após o acidente, o Governo Federal suspendeu pousos e decolagens no Aeroporto Carlos Prates; acidente aconteceu em 2023

Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7

Avião atingiu duas casas, mas ninguém que estava nas residências ficou ferido
Avião atingiu duas casas, mas ninguém que estava nas residências ficou ferido

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) concluiu a investigação referente ao acidente aéreo que terminou com a morte do piloto e deixou uma mulher gravemente ferida no bairro Jardim Montanhês, próximo do Aeroporto Carlos Prates, na região noroeste de Belo Horizonte, em 2023. Segundo a investigação, o piloto não acionou o trem de pouso e estava usando remédios para epilepsia.

O laudo da Cenipa aponta que o pouso foi realizado com o trem de pouso recolhido e que a aeronave ultraou a cabeceira oposta e colidiu contra duas residências localizadas no prolongamento da pista. O Cenipa aponta que condições médicas e emocionais podem ter contribuído para a avaliação equivocada do piloto, de 65 anos.

Relatos ouvidos pela CENIPA indicaram que o piloto teve casos de epilepsia desde a infância, o que seria incompatível com a atividade aérea, segundo a regulamentação vigente. Além disso, exames realizados próximos ao dia do acidente confirmaram o uso de um medicamento para tratamento de epilepsia, que é de uso restritivo para o voo.

Além disso, o piloto necessitava usar de lentes corretoras para a pilotagem, mas as lentes não foram encontradas, sugerindo que, no voo da ocorrência, não estava fazendo uso das mesmas. O laudo da Cenipa aponta, ainda que, quanto aos aspectos psicológicos, o piloto estava enfrentando problemas pessoais que teriam influenciado negativamente o seu estado emocional, o que pode ter impactado na segurança de voo, afetando a capacidade de concentração e o julgamento.


O piloto tinha 23 anos de atuação e, segundo relatos, tinha o hábito de transmitir os seus conhecimentos de voo para a sua filha, incentivando que ela atuasse nos comandos da aeronave. Por esse motivo, ele não considerava solicitar a participação de pilotos profissionais para acompanhá-lo quando a sua filha estava presente, pois, segundo os relatos, ela cumpriria a função de Piloto Segundo em Comando (SIC) em uma eventual necessidade.

Fechamento do Aeroporto Carlos Prates

Dias após o acidente, o Governo Federal suspendeu pousos e decolagens no aeródromo do Aeroporto Carlos Prates e determinou que, após o encerramento das atividades no local, a área do aeroporto fosse reada à prefeitura da capital mineira, que apresentou um projeto de construção de casas populares, escolas, UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), e um parque municipal no local.


Em abril deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte e governo federal deram início à segunda fase da cooperação técnica para a criação do novo bairro no terreno onde funcionava o Aeroporto Carlos Prates. Representantes da PBH e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) começaram a definir as estratégias para viabilizar a implementação do projeto que prevê equipamentos públicos, comércio, imóveis residenciais e comerciais e áreas de lazer.

Os estudos técnicos que apontarão uma alternativa financeiramente sustentável, ambientalmente responsável e socialmente inclusiva na construção do bairro serão custeados por meio de um convênio entre a PBH e a Caixa Econômica Federal.

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